segunda-feira, 13 de abril de 2009

CAVALO À SOLTA

Minha laranja amarga e doce
Meu poema feito de gomos de saudade
Minha pena pesada
Secreta e pura
Minha passagem para o breve
Breve instante de loucura
Minha ousadia,meu galope,minha rédia
Meu potro doido,minha chama,
Minha réstia de luz intensa, de voz aberta
Minha denúncia do que pensa
Do que sente a gente certa
Em ti respiro,em ti eu provo
Por ti consigo esta força que de novo
Em ti persigo, em ti percorro
Cavalo à solta pela margem do teu corpo
Minha alegria, minha amargura,
Minha coragem de correr contra a ternura
Minha laranja amarga e doce
Minha espada, poema feito de dois gumes
Tudo ou nada
Por ti renego, por ti aceito
Este corcel que não sossego
À desfilada no meu peito
Por isso digo canção castigo
Por isso canto, por isso digo
Minha alegria,minha amargura
Minha coragem de correr contra a ternura
Minha ousadia,minha aventura.
José Carlos Ary dos Santos

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